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Síndrome de congestão pélvica é causa comum de dor crônica na região

A síndrome de congestão pélvica é considerada uma causa comum da dor crônica na região da pelve. Dizemos que uma dor é crônica quando dura mais de seis meses. Nesse caso, chega a ser debilitante e prejudica bastante a qualidade de vida.


Vamos entender como o problema aparece e conhecer os possíveis tratamentos.


Como surge a síndrome de congestão pélvica

A pelve é ricamente irrigada por muitos vasos sanguíneos, arteriais e venosos. Em uma condição em que ocorre dilatação das veias que drenam o sangue da região, o fluxo pode ficar mais lento e causar ainda mais dilatação. O resultado é um “emaranhado” de veias e o acúmulo de sangue no local, levando à formação de varizes e à síndrome de congestão pélvica.


No que se refere às mulheres, entre as principais causas do problema estão questões hormonais (níveis anormais de estrogênio), o uso de anticoncepcionais e inflamações ou infecções nos ovários, além da própria gestação. Nesse caso, a síndrome de congestão pélvica se instala devido à incapacidade das veias ovarianas recuperarem o tamanho normal depois da gravidez. Só para ter ideia, elas aumentam o seu diâmetro em até 60 vezes nesse período.


Os homens também podem sofrer com a síndrome de congestão pélvica – as varizes se formam nos testículos e a alteração é chamada de varicocele. De acordo com o Ministério da Saúde, essa é uma das principais causas de infertilidade em homens.


Tanto para homens quanto para mulheres, a dor crônica na região costuma ser o principal indício de que a síndrome de congestão pélvica está instalada. No entanto, existem algumas particularidades que precisam ser observadas.


Vamos ver, a seguir, quais são os sintomas mais importantes do problema.


Como reconhecer os sintomas

A mulher com síndrome de congestão pélvica geralmente tem dor pélvica durante ou após uma gestação. A condição tende a piorar com cada gravidez.


A dor costuma ser prolongada (dura mais de seis meses) e indistinta, mas também pode ser aguda ou latejante. Muitas vezes, é acompanhada por dor na lombar, dores nas pernas e sangramento vaginal anormal.


Em ambos os sexos, a situação costuma piorar no fim do dia, depois de a pessoa ter ficado muito tempo em pé ou sentada, por exemplo, e durante ou após a relação sexual. Quando se deita, a dor costuma diminuir.


Outros sintomas da síndrome de congestão pélvica incluem secreção vaginal transparente ou líquida, fadiga, oscilações do humor, dores de cabeça e inchaço abdominal.


Se você se identifica com o quadro, procure um angiologista ou cirurgião vascular para uma avaliação. De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, em geral, o diagnóstico é feito com a ajuda de ultrassonografia ou outro exame de imagem. Se a dor for muito incômoda e a causa não tiver sido identificada, pode ser necessário fazer uma laparoscopia.


Nesse procedimento, é feita uma pequena incisão logo abaixo do umbigo para a introdução de uma microcâmera que permite visualizar diretamente as estruturas da pelve e, assim, detectar o problema.



Possíveis tratamentos para a síndrome

Normalmente, para o tratamento da síndrome de congestão pélvica, são usados hormônios capazes de incentivar o funcionamento normal dos vasos da região. Medicamentos anti-inflamatórios não esteroides podem ser prescritos para ajudar a aliviar a dor.


Caso esses medicamentos sejam ineficazes, é possível bloquear o fluxo de sangue para as varizes, impedindo, assim, que o sangue se acumule nelas. Para isso, existem dois procedimentos disponíveis que buscam diminuir a dor:


Embolização de uma veia – é feita uma pequena incisão na área da coxa por onde é introduzido um cateter. Por esse caminho, são inseridas micromolas, esponjas ou líquidos viscosos que vão bloquear o fluxo de sangue para as varizes. Esse procedimento reduz a necessidade de analgésicos em até 80%;

Escleroterapia da mesma forma que na embolização, por meio de um cateter, é injetada uma solução dentro das varizes. É essa solução que vai bloquear o fluxo de sangue e, assim, diminuir a dor.


Quem determina o tratamento mais indicado é o angiologista ou cirurgião vascular. Para isso, são levados em conta vários aspectos das condições clínicas da pessoa e da própria síndrome de congestão pélvica.


Agende uma consulta de avaliação caso você se identifique com o quadro. Para saber mais sobre saúde vascular, navegue pelo meu blog.

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